Para alguns autores, Elias & Friedlander, incentivar as crianças a falar sobre os seus sentimentos é algo que deveria ser exercitado desde que as crianças conseguem compreender o conceito de alegria, medo, tristeza, raiva e ciúme. Sabemos, hoje, que as crianças são capazes de sentir os mesmos sentimentos que o adulto desde pequenas, só não sabem como compreendê-las e expressá-las e isso precisa de ser aprendido.
Para trabalhar a sua auto-estima, comecei por apresentar ao aluno várias cartolinas de cor diferente e pedi-lhe que escolhesse uma para fazer uma listagem do que conseguia fazer e outra para fazer uma listagem do que não conseguia fazer.
Esta actividade desenrolou-se com muita naturalidade e permitiu à criança exprimir os seus sentimentos.
Face à discrepância entre as duas listagens, a conclusão é óbvia: a criança é detentora de inúmeras competências. O aluno percebeu isso facilmente e ficou muito contente. Soube também identificar as situações do dia-a-dia em que devia tentar modificar a sua atitude face situações em que não tinha tanto sucesso. Conversámos um pouco sobre essas situações e concluímos que o importante não é ganhar ou perder mas, sim, participar! A estratégia seguinte foi elaborar uma folha de registo em que registaríamos em conjunto todas as atitudes do aluno. O aluno concordou e propôs que o recompensasse se o resultado fosse a alteração da sua atitude face ao fracasso.
E foi este o nosso compromisso!
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