Passo a passo
As regras de boa educação não se aprendem de um dia para o outro. São um processo de vivência e interiorização de conceitos. A partir dos dois anos, pode ensinar ao seu filho como se deve comportar socialmente, mas ao longo da sua infância terá de relembrar-lho, vezes sem conta, sem lhe exigir um cumprimento rígido, nem se zangar com ele porque, de vez em quando, as esquece e faz uma “asneira” ou não se comportou como deveria.
Nunca utilize a chantagem para que as cumpra, para que ele não encare a educação como um meio de alcançar um determinado fim.
"Se te portares bem em casa dos avós, e os cumprimentares como te ensinei, quando sairmos, compro-te aquele carrinho que pediste....". Muitos pais prometem “prendas ” a todo o momento (especialmente se o comportamento habitual da criança os deixa embaraçados). Deste modo, qualquer criança pode passar a interiorizar o conceito de que “se me portar bem, recebo uma recompensa”, quando deveria interiorizar "tenho de me portar bem e fazer o que os meus pais me ensinaram".
E, se os pais não devem utilizar a chantagem ou as promessas para conseguirem que a criança cumpra algumas das regras sociais, também não devem utilizar as ameaças como método educativo. O termo “senão...” cria nelas uma sensação de insegurança. Muitos pais utilizam-no habitualmente e disso são exemplos as ameaças: "senão comeres tudo, não te levantas da mesa hoje." ou "Vê se dormes depressa, senão...!" ou ainda "dá já um beijinho à avó, senão...".
Ensinar pelo exemplo
As crianças aprendem pela imitação. Se em sua casa o seu filho não tiver referências para “copiar” a amabilidade ou a boa educação, será difícil a sua imposição, visto não ter elementos de referência.
Se observar que o seu pai não diz obrigado quando lhe oferecem alguma coisa, porque será que ele que é pequeno terá de o fazer? Se a sua mãe quando pede uma coisa à empregada não diz " Por favor, traga-me um copo de água" ou "Obrigada" quando esta lho traz, porque deve ele ter de fazê-lo?
As crianças observam e tornam os exemplos como conduta a seguir, por isso, quando são confrontadas com uma situação diferente das suas referências, podem não aceitá-la e mostrar-se surpreendidas.
Os bons modos dependem de duas regras básicas:
1º - Das regras que lhe são “impostas”;
2º - Do que observam no dia-a-dia com os seus modelos (em casa com os pais e no infantário com os educadores).
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