quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

4 de janeiro - Dia Mundial do Braille

A origem do Sistema Braille


                                                                         Alfabeto Braille


Em 1820, quando Louis Braille tinha apenas 12 anos, Alexander François-René Pignier (diretor Instituição Real para Jovens Cegos) apresentou-lhe Barbier de La Serre oficial do exército francês, que inventou um método através do qual os soldados poderiam comunicar uns com os outros durante a noite, sem recorrer a palavras ou expressões. Designou este sistema de "ultra-sonografia". Era constituído por 12 pontos, em relevo num cartão de papel, em várias posições.Barbier acreditava que este sistema poderia ser uma forma muito útil para as pessoas que estavam cegas, permitindo-lhes aceder à aprendizagem da leitura e da escrita.
O Exército logo perdeu o interesse pelo sistema de Barbier, porque os soldados acharam muito difícil de aprender.
Sem se deixar abater pela rejeição do sistema de Barbier, Louis acreditou na ideia geral. Começou a trabalhar e projetar uma versão mais simples, constituída por seis pontos, em que combinações de pontos e espaços representavam grafemas (por exemplo, letras, números, sinais de pontuação), foram descritos numa tabela. Durante três anos, de 1822 a 1825, Braille aperfeiçoou o seu sistema de seis pontos em relevo.
Em 1828, Louis foi nomeado professor aprendiz na Instituição, onde ensinou alunos cegos e com visão. Foi promovido a professor em tempo integral, em 1833. Em 1829, Louis Braille publicou o método de escrever palavras para cegos. Apesar da sua debilidade física, em 1837 anuncia a segunda edição e lança o seu segundo livro “Aritmética para Iniciantes” em 1838. Ambos os livros foram "impressos" em Braille.
Durante a década de 1830, Louis desenvolveu um outro sistema intitulado “decapoint” que permitiu às pessoas que eram cegas comunicarem facilmente com pessoas que enxergam. Este sistema consistia num conjunto de 100 pontos em relevo, dispostos numa grade de 10 x 10 para escrever as letras do alfabeto romano.
Colaborando com Pierre-François-Victor Foucauld, um outro estudante da Instituição anterior, Louis criou um precursor da máquina de escrever – chamava-se raphigraphe (escritor agulha) para mecanicamente escrever “decapoint”.
Em 1840, um novo diretor da Instituição, Pierre-Armand Dufau, foi nomeado. Dufau não aprovava o método embossing, ou Haüy, ou código Braille de seis pontos. Ordenou a queima de 73 livros que a instituição havia produzido usando o método de Haüy. Dufau defendia um novo sistema de relevo usado nos Estados Unidos e na Escócia, porém esse sistema mostrou-se menos eficaz do que o código Braille de seis pontos. Depois de 1845, o código Braille tornou-se cada vez mais aceite, e em 1854 foi adotado como o sistema autorizado em França para o ensino de habilidades de alfabetização para as pessoas que estavam cegas.

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